O Cristianismo primitivo não desconhecia a necessidade da mente sã e iluminada de aspirações superiores, na vida daqueles que abraçam no Evangelho a renovação substancial.
O trabalho de notáveis pensadores de hoje encontra raízes mais longe. Sabem agora, os que lidam com os fenômenos mediúnicos, que a morte da carne não impõe as delícias celestiais.
O homem encontra-se, além do túmulo, com as virtudes e defeitos, ideais e vícios a que se consagrava no corpo.
O criminoso imanta-se ao círculo dos próprios delitos, quando se não algema aos parceiros na falta cometida.
O avarento está preso aos bens supérfluos que abusivamente amontoou.
O vaidoso permanece ligado aos títulos transitórios.
O alcoólatra ronda as possibilidades de satisfazer a sede que lhe domina os centros de força.
Quem se apaixona pelas organizações caprichosas do "eu", gasta longos dias para desfazer as teias de ilusão em que se lhe segrega a personalidade.
O programa antecede o serviço.
O projeto traça a realização.
O pensamento é energia irradiante. Espraiemo-lo na Terra e prender-nos-emos, naturalmente, ao chão. Elevemo-lo para o Alto e conquistaremos a espiritualidade sublime.
Nosso espírito residirá onde projetarmos nossos pensamentos, alicerces vivos do bem e do mal. Por isto mesmo, dizia Paulo, sabiamente:
- "Pensai nas coisas que são de cima".
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pão Nosso. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 29 edição. Capítulo 177. Rio de Janeiro, RJ. FEB.
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