Comemoração Espírita do Natal (Artigo 2 de 5)
As
antigas e primitivas civilizações viviam quase que exclusivamente da
caça e da pesca para a sobrevivência. O instinto sobrepujava a razão e a
vida em coletividade propiciava certamente grandes reuniões em torno da
comida caçada, seja para festejar a vitória do homem sobre o animal,
para saciar a fome ou pelo prazer de estarem juntos.
O
progresso da humanidade pela utilização da inteligência proveu ao homem
sua casa, sua roupa, suas armas, até a invenção das letras e o registro
escrito das idéias, mas o senso de coletividade, da vida em sociedade
descrito no Livro dos Espíritos(1) sempre existiram e todas as grandes
ou pequenas reuniões sempre foram acompanhadas de farta alimentação, não
raro para "informar" a condição social do grupo.
Este
hábito milenar não mudou. Pequenas e singelas reuniões espíritas também
são acompanhadas do tradicional chazinho, bolinho, bolachinha e outros
humildes "inhos", reflexo das fortes impressões secularmente marcadas em
nosso espírito.
Daí,
para entendermos a razão de comemorarmos o Natal com banquetes
deslumbrantes, bebidas alcoólicas e demais desatinos não é necessário
muito exercício de raciocínio.
O
que nos interessa, portanto, após a compreensão desse fato, é
desvinculação dele do verdadeiro sentido da data natalina. Já que não
podemos fugir da convenção da existência do 25 de dezembro como sendo a
comemoração do nascimento de Jesus; não podemos nos esconder no porão da
casa para fugir ao consumismo comercial provocado pela euforia da troca
de presentes, nós espíritas devemos nos envolver mais profundamente com
seu significado maior, lembrando aos amigos e freqüentadores das Casas
Espíritas que Jesus, em nenhuma hipótese espera que comemoremos seu
aniversário empanturrados de comida ou bêbados, pois Ele veio nos
ensinar a viver em paz, a amar os semelhantes e a compreender Deus como
Pai bondoso e sempre disposto a nos oferecer oportunidades de
aprendizado através da reencarnação como forma de crescer
espiritualmente e atingir as altas paragens espirituais, até sermos
perfeitos(2).
Lembrar
aos espíritas, que a data é propícia para as famílias que realizam
reuniões de estudos do Evangelho no Lar, oferecerem neste dia aos demais
familiares a oportunidade de comemorar o Natal sem os exageros
conhecidos. Participar da vida social normalmente, participando até das
conhecidas brincadeiras de amigo secreto, almoço confraternativo na
empresa também faz parte do nosso dia-a-dia terreno, porém , tendo
sempre em mente a condição espírita: o Natal é uma alusão ao nascimento
do Cristo e em nenhuma hipótese os exageros devam fazer parte de nossa
vida e o nosso exemplo junto aos não espíritas poderá ser uma útil fonte
para reflexões.
(2) O Livro dos Espíritos, A. Kardec - Q. 112/113 - 76ª Ed. - FEB
Fonte de pesquisa:http://www.cvdee.org.br/artigostexto.asp?id=011
Nenhum comentário:
Postar um comentário
***