José Reis Chaves - A diferença entre Deus Pai e Javé, do Velho Testamento
Publicado no Jornal OTEMPO em 04/04/ 2011
Eu sou o que sou, porque eu não posso ser o que eu não sou
De duas uma, ou os teólogos católicos ignoram algumas questões doutrinárias, ou eles ocultam-nas aos seus fiéis. Nunca se vê um padre pregar sobre o dogma da comunhão dos santos (não aceito pelos protestantes e evangélicos), que defende o nosso contato com os espíritos dos mortos, com os de cá ajudando os de lá, que, por sua vez, podem ajudar os que estão do lado de cá, o que é uma prática espírita, que não força também o espírito a se manifestar.
Quem estuda a Bíblia em profundidade, nota uma grande diferença entre o Deus Pai de Jesus e de todos nós, e o Javé, do Velho Testamento. Para a doutrina dos espíritos, Javé é um Deus, ou seja, o Deus do povo hebreu. "Disse Deus a Moisés: ‘Eu Sou o que Sou’. Disse mais: ‘Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós outros’. Disse Deus ainda mais a Moisés: ‘Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração" (Êxodo 3: 14 e 15).
Observe-se que o texto deixa claro que se trata do Deus dos hebreus ou do Deus de Abraão, do de Isaque etc, e não do Deus absoluto, o Deus de Jesus, o Deus Pai, o Deus de todos e de todo o universo. Liguemos isso com a frase ouvida pela médium vidente de Lourdes: "Eu sou a Imaculada Conceição". E observe-se que o texto bíblico tem as duas formas verbais - "Eu Sou o que Sou" - com as iniciais maiúsculas, por se tratar do nome com o qual o Deus dos hebreus quis ser identificado, e não como sendo o Deus absoluto. É como se Javé dissesse: eu existo e sou do jeito que sou. E lembremo-nos de que o verbo ser tem também o sentido de existir. Assim, quando alguém diz: eu sou, é como se dissesse eu existo. E nessa expressão "Eu Sou o que Sou" (em algumas traduções lê-se "Eu Sou Aquele que Sou"), nós temos os dois sentidos de Javé, que Ele existe e de como Ele é. À página 33, de seu livro "O Evangelho Esotérico de são João", lançado no Brasil pela Editora Pensamento (SP), o pensador e teólogo esotérico francês Paul Le Cour diz que a frase de Decartes, "Penso, logo existo", deveria ser constituída assim: "Sou (existo), logo penso" (sou um pensante).
O autoconhecimento - o conhecimento de si próprio - é uma das coisas mais difíceis de nossa vida. Daí aquela conhecida advertência evangélica: "Você vê um cisco no olho do seu semelhante e não vê uma trave no seu!". E o excelso Mestre, com essa advertência, mostrou para nós o quanto é deficiente de fato o nosso autoconhecimento com relação às nossas imperfeições. Realmente, o nosso ego nos deixa cegos para as nossas imperfeições e para as perfeições do outro.
A expressão "Eu sou o que Sou" pode ser dita também por todos nós, principalmente quando já tivermos um conhecimento de nós mesmos mais avançado e capaz, pois, de nos fazer enxergar mais as nossas imperfeições que, por certo, serão em número maior do que o das nossas perfeições!
PS: De 23 a 25 de junho, no Ouro Minas Palace Hotel, o MEDNESP-2011, comemorando os 150 anos de "O Livro dos Médiuns, contribuição de Kardec à ciência, com mais de 60 palestrantes das associações médico-espíritas (Ames), entre eles, Sérgio Felipe, catedrático de medicina da USP e coordenador da Universidade Internacional do Espírito, em São Paulo, ligada à sua coirmã de Paris (França). Contato: (11) 5585-1703 e (31) 3271-0170, mednesp2011@amebrasil.org.br
Obs.: Esta coluna, de José Reis Chavez, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site http://www.otempo.com.br/. Ela está liberada para publicações. José Reis Chavez é autor dos livros “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – http://www.literarium.com.br/. e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.
Quem estuda a Bíblia em profundidade, nota uma grande diferença entre o Deus Pai de Jesus e de todos nós, e o Javé, do Velho Testamento. Para a doutrina dos espíritos, Javé é um Deus, ou seja, o Deus do povo hebreu. "Disse Deus a Moisés: ‘Eu Sou o que Sou’. Disse mais: ‘Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós outros’. Disse Deus ainda mais a Moisés: ‘Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração" (Êxodo 3: 14 e 15).
Observe-se que o texto deixa claro que se trata do Deus dos hebreus ou do Deus de Abraão, do de Isaque etc, e não do Deus absoluto, o Deus de Jesus, o Deus Pai, o Deus de todos e de todo o universo. Liguemos isso com a frase ouvida pela médium vidente de Lourdes: "Eu sou a Imaculada Conceição". E observe-se que o texto bíblico tem as duas formas verbais - "Eu Sou o que Sou" - com as iniciais maiúsculas, por se tratar do nome com o qual o Deus dos hebreus quis ser identificado, e não como sendo o Deus absoluto. É como se Javé dissesse: eu existo e sou do jeito que sou. E lembremo-nos de que o verbo ser tem também o sentido de existir. Assim, quando alguém diz: eu sou, é como se dissesse eu existo. E nessa expressão "Eu Sou o que Sou" (em algumas traduções lê-se "Eu Sou Aquele que Sou"), nós temos os dois sentidos de Javé, que Ele existe e de como Ele é. À página 33, de seu livro "O Evangelho Esotérico de são João", lançado no Brasil pela Editora Pensamento (SP), o pensador e teólogo esotérico francês Paul Le Cour diz que a frase de Decartes, "Penso, logo existo", deveria ser constituída assim: "Sou (existo), logo penso" (sou um pensante).
O autoconhecimento - o conhecimento de si próprio - é uma das coisas mais difíceis de nossa vida. Daí aquela conhecida advertência evangélica: "Você vê um cisco no olho do seu semelhante e não vê uma trave no seu!". E o excelso Mestre, com essa advertência, mostrou para nós o quanto é deficiente de fato o nosso autoconhecimento com relação às nossas imperfeições. Realmente, o nosso ego nos deixa cegos para as nossas imperfeições e para as perfeições do outro.
A expressão "Eu sou o que Sou" pode ser dita também por todos nós, principalmente quando já tivermos um conhecimento de nós mesmos mais avançado e capaz, pois, de nos fazer enxergar mais as nossas imperfeições que, por certo, serão em número maior do que o das nossas perfeições!
PS: De 23 a 25 de junho, no Ouro Minas Palace Hotel, o MEDNESP-2011, comemorando os 150 anos de "O Livro dos Médiuns, contribuição de Kardec à ciência, com mais de 60 palestrantes das associações médico-espíritas (Ames), entre eles, Sérgio Felipe, catedrático de medicina da USP e coordenador da Universidade Internacional do Espírito, em São Paulo, ligada à sua coirmã de Paris (França). Contato: (11) 5585-1703 e (31) 3271-0170, mednesp2011@amebrasil.org.br
Obs.: Esta coluna, de José Reis Chavez, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site http://www.otempo.com.br/. Ela está liberada para publicações. José Reis Chavez é autor dos livros “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – http://www.literarium.com.br/. e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.
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